Tolos Sábios
Hoje eu ponderava: somos tolos.
Todos tolos quando firmados em nós mesmos.
Tolos quando pensamos que somos o auge do conhecimento até que o sol acione o despertador e então novas noticias nos chegam e nosso auge já esta massacrado na base.
Acreditamos tanto no pensamento, não? Acreditamos tanto em nós. Tolos somos.
Tolos quando o homem nasce pro homem, quando o fim do homem é o homem, quando o final do homem é o pó. Tolos e sem eternidades. Tolos e efêmeros achando que os livros nos guardarão pra sempre na história, sem nem ao menos saber que bibliotecas inteiras morrerão. Talvez até pela chama que arde na mente dos sábios. Tolos criando dogmas nas lutas contra os dogmas, tolos se achando melhores e julgando pensamento com pensamentos. Tolos aqueles com toda capacidades em si mesmos. Sim. Habilmente capazes em serem tolos.
Os sábios se sentem tao livres, não? E nem ao menos conseguem chegar a conclusão unânime do que liberdade significa. São elevados por si, são o espetáculo, são a plateia. E eles se aplaudem.
Não lhe conte que esta peça é tolice. Ou conte-lhes.
Os suficientes tão cheios de si não sabem que estão inflados de outras pessoas lhes ditando regras, lhes consumindo a essência. Os autoafirmados são tão fortes na suas ideias até que atravessam a esquina e se encontram com outra vida. E são vidas tao diferentes que tudo aquilo que ela pensava ser a existência está em conflito.
Oh profundidaze da pobreza do saber e conhecer do homem. Guardando nossas vidas em nós seremos tao originais quanto um livro de 14 edições. Mas não nos conte isso. Pode ferir nosso ego, e o ego é sagrado. Não toque nele.
Pensamos que somos a razão, não? Mas agindo assim somos teorias só. Pedaços de ideias. Pedaços que nos esforçamos muito em maquiá-los filosofias e nos temos por satisfeitos com eles. Eles preparam nosso conforto e dizemos em nosso íntimo: estará tudo bem.
Tolice tal homem pensar que estará...