sexta-feira, 29 de abril de 2011

A Fila de Pacientes - Parte 4 e Final

A Fila de Pacientes - Parte 4



Brand Health – 16 anos

Paciente 9


Eu nasci em Tennessee, final de julho.O médico disse que eu tinha sorte de estar vivo. Eu tenho problema desde o dia que eu cheguei aqui. Creio que terei problemas até o dia em que eu desaparecer. Esse vai ser o dia que eu finalmente vou acertar. Eu realmente nunca fui tão bom na escola. Eu falei demais, quebrei as regras, tive professores incompreensíveis. Eu estava desesperado! Eu era zombado e solitário. Fui todos os dias. Eu só queria saber por que Deus me pôs nesse mundo.
Ainda estou querendo saber porque eu estou aqui. Ainda estou voltando com meu medo e angústia. Não vejo sentido na minha existência e não vejo nenhuma expectativa de futuro...

***

Luca César – 22 anos

Paciente 10


Saio em uma rua movimentada, vejo uma garota, os nossos olhos se encontram e ela se esforça pra sorrir para mim para esconder o que há por trás. Há um homem bem à minha direita de terno preto e uma gravata vermelha brilhante com vergonha de dizer a sua esposa que ele está demitido. Ele esta agonizante. Estive lá milhões de vezes, milhões de pessoas passando bem ao meu lado. Me pergunto se aquelas pessoas estão indo a algum lugar. Porque é que nunca me importei? Estou começando a ficar doido quando penso em ignorar aqueles olhares sedentos e aquela espera por esperança. Preciso de ajuda, urgente. Um calmante ou anestésico que me faça voltar ao normal...

***

Betty Brooke – 25 anos

Paciente 11


Tenho uma fechadura ágil no meu coração. Tenho meus sapatos Yves Saint Laurent e uma marca de nascimento vermelha na forma do Canadá que eu tento manter em segredo. Tenho um caminhar rápido estalado e um olhar duro e frio E se meus olhos pudessem falar eles diriam que não se importam. Eu realmente não me importo. Tenho um plano à prova de tolos para uma vida solitária.
Eu não serei filha de ninguém e nem esposa de um homem bêbado. Eu sou legal e modesta, pronta para dar uma volta, muito hip... mas tenho minhas cicatrizes e tenho minhas marcas de nascimento. Tenho Toronto escondida na minha cintura e segredos no coração. Sou sufocada de medos, razões e arrependimentos. Por isso não me aproximo, não me firmo, não faço pontes com ninguém. Por favor, não chegue tão perto...







O Final:


A fila continua. Milhares de queixas e problemas à espera de cura.

*** Uso drogas e não consigo parar...
*** Meu pai me tocou de forma que não devia. Considero por isso que não tenho pai e nunca terei. Não sei o que é um pai de verdade...
*** Fui reprovado no vestibular. Sou a pessoa mais burra deste mundo. O que vou dizer pros meus pais? O que eu faço? È o fim do meu mundo! Não tenho valor para eles se não for um médico renomado...
*** Não consigo esquecer meus pecados. Mesmo quando a bíblia diz que eu fui perdoado, não consigo aceitar o perdão. Tudo o que eu fiz é tão errado...


Esses pacientes que você conheceu são só alguns dos casos aqui. No Bridge Hospital todo dia essa fila cresce. Por isso, se você também tem um problema a ser tratado, uma vida a ser curada, aconselhamos que procure outro hospital. Este já está muito cheio.
Aliás o movimento no Bridge até diminuiu um pouquinho desde que a algum tempo um Médico passou a atender na esquina. Atende um por um e o preço da consulta é uma tal de moeda Fé. Dizem que é tão bom que o chamam de Médico dos Médicos. As pessoas daqui só não vão até ele porque não tem Fé suficiente para serem tratadas. E você? Tem fé suficiente ou vai fazer a ficha aqui no Bridge Hospital mesmo?


***

Observação


Os Pacientes 3, 4, 5 e 7 são casos reais .
Só transformei os nomes e os transformei em personagens pacientes de um hospital. Os casos foram relatado em alguns livro que li recentemente e os uni neste conto.

Os pacientes 8, 9, 10 e 11 foram baseados em personagens de canções.

Todos os personagens são passíveis de existência.

É bem provável que existam...

O nome Bridge significa Ponte e foi inspirado na música
“Water Under The Bridge” de Jars of Clay.
Se o conto fosse um seriado ou filme começaria com essa canção.

D.C.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Cenarios (Possíveis cenas romanticas de se viver) - Kept in the dawn



Inspirado por Kate Middleton 


Obs importante: Estas cenas estão cheias de gerúndios. Não implique porque você em breve estará entendendo que a vida também é cheia deles...

Será uma noite fria o suficiente para nós mas quente o suficiente para os habitantes. No céu a aurora boreal se estendendo. Na terra uma celebração com músicas e muitos sorrisos em volta de uma fogueira gigante.
Eu estarei brincando como uma criança em volta do fogo, com as cores da bandeira pintadas no peito e no rosto. Ela estará sentada num tronco de árvore tomando alguma coisa, envolta em um sobretudo escuro e com o cabelo meio cacheado caindo sobre a face.
Eu vou parar um instante e olhar pro alto e tentar descobrir escrito no céu colorido como Deus havia me levado até ali. Vai estar tocando I Still Believe e eu vou levantar os braços me sentindo realmente livre. Ela vai se aproximar com passos curtos e abraçando a si mesma e vai se colocar ao meu lado.
Eu vou ver um sorriso em seu rosto lindo e vou retribuir o gesto. Ela vai sussurrar que nunca viu alguém tão anormal como eu e eu vou simplesmente sorri novamente. Depois, ela vai encostar uma mão fria nas minhas bochechas quentes e com os dedos começará a traçar os contornos de meu sorriso já estático.
Tão de perto não sei dizer qual a nossa feição após isso. Só sei que a luz da fogueira um pouco distante naquele instante deixará seu olhos encantadores e minha alma muda. Parecerá que ela está enxergando algo parecido e ficaremos assim em silêncio.
Lentamente ela levará a outra mão às minhas costas. Em segundos ela estará me beijando e o meu mundo encantado comigo sem entender como aquilo era possível . Eu vou abraça-la e desistir de descobrir qualquer resposta...

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Nós estaremos num estúdio de gravação onde ela talentosamente tocará seu instrumento e eu não tão talentosamente baterei palmas. No meio de tanta tranqueira que propositalmente colocaremos no estúdio arranjado para dar o clima que desejávamos à gravação ela estará de um lado da sala e eu do outro. Faltará pouco tempo para iniciar a gravação. Ela pegará seu violão e eu um microfone e nos encontraremos na porta da sala de gravação agora cheia de crianças e amigos para gravar a música. Eu não direi nada e nem ela. Só trocaremos um olhar de alguns breves longos segundos e eu entenderei tudo o que ela quer dizer. Eu vou sorrir, entrar e puxar o coro de palmas e o canto alegre da melodia que sairá da guitarra dela. O será que sairá de seu coração? Não sei, só estaremos cantando Love Song For A Savior...

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Eu estarei chorando sentado num banco da praça em frente ao hotel em que estaremos hospedados. Na rua vazia e meio escura sentado no banco que dá pra frente do prédio. Lá dentro estará ocorrendo uma festa e ali fora eu estarei chorando em silêncio. Pensativo.
Ela apontará na porta do prédio, dobrará os braços e encostará numa lateral da porta me assistindo. Um sorriso se esboçará em seu rosto sutilmente enquanto ouço começar a cantar The Thief sonolentamente lá dentro.
Ela começará a andar e caminhará em direção enquanto o vapor de seu hálito quente faz nuvens pela rua fria. Ela sentará no outro extremo do banco em que estou sentado. Sentará de lado, apoiará o cotovelo no encosto e a cabeça na mão e ficará sorrindo me olhando.
Eu continuarei com cabeça baixa sem olhar pra ela até ela se aproximar perto o suficiente pra que eu possa ouvi-la sussurrando no ar frio: “Não chora, linda amora. Aqui é para os que dormem e eu gostaria de uma companhia nessa noite linda de verão”.
Eu olharei para seu rosto, e ela beijará a lágrima que ainda desce pelo meu rosto, depois beijará minha bochecha corada e depois meus lábios frios. Será o beijo mais aquecido e salgado de toda minha vida. Eu não chorarei mais naquele banco e nós não voltaremos para a festa naquela noite..

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Eu estarei sentada calado ao lado dela no banco da rodoviária movimentada. Eu e o silencio, ela e suas malas. Meu coração estará dentro de uma delas. O ônibus chegará e o silencio continuará em nós enquanto ela bate com as palmas das mãos na perna, levanta e pega uma das malas. Eu me levantarei mas com os olhos fixos no chão ainda por uns instantes. Depois, ainda relutantes os meus olhos vão se erguer e dar de cara com os olhos encharcados dela. Ela soltará a mala e se jogará em minha direção. Nos abraçaremos e só se ouvirá o som do nosso choro. Nem o ruído das outras pessoas ouvirei. Então ela entrará no ônibus com passos rápidos, cabeça baixa e sem olhar pra trás. O ônibus partirá e eu virarei as costas para ir embora desconsolado enquanto ele se afasta. Alguns passo depois ouvirei meu nome gritado desesperado. Virarei e verei o ônibus parando lá na frente e ela correndo puxando as malas saindo do ônibus. Ela gritará “Me espera... Eu não posso partir, eu não posso... Não importa...”
Depois disso só aquela cena do encontro, do abraço, das voltas que darei com ela nos braços, o beijo parando a multidão e pessoas aplaudindo. Naquele momento eu ouvirei em algum lugar a música “We Are One Tonight”...

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A Fila de Pacientes - Parte 3


Luane – 18 anos

Paciente 6


Fui criada em um pomar de cerejas na parte superior de Traverse City, no Michigan. Meus pais, um tanto antiquados, costumavam reagir mal ao meu piercing no nariz, às músicas que ouvia e ao comprimento de minhas saias. "Odeio você!", gritei para meu pai quando ele bateu a porta do meu quarto depois de uma discussão. Então fugi de casa.
Eu havia visitado Detroit apenas uma vez, em uma viagem de ônibus com os jovens da igreja para assistir ao jogo dos Tigers. Os jornais de Traverse City descreviam em chocantes detalhes as gangues, as drogas e a violência na cidade de Detroit; conclui que provavelmente seria o último lugar onde meus pais me procurariam.
Um dia abandonada, mas me sentindo livre pra me divertir e viver me assustei ao ver minha foto na embalagem de leite com os dizeres: "Vocês viram esta criança?". Porém, com o cabelo tingido de loiro, e com toda a maquiagem que usava, ninguém me consideraria uma criança.
Depois de um ano, os primeiros sintomas incipientes de uma enfermidade apareceram, e eu fiquei surpresa com a crueldade do chefe. "Hoje em dia, a gente não pode facilitar",e antes que eu percebesse, estava na rua sem um tostão.
Agora minha doença esta piorando e não posso nem dormir— uma adolescente sozinha na noite em Detroit não pode nunca baixar a guarda. Agora eu fico pensando na casa de meus pais. Deus, por que eu fugi? Meu cachorro em casa come melhor do que eu agora.Como eu queria voltar, mas não posso...

***







Pr. Jeilsom Andrade – 48 anos

Paciente 7


Paz do Senhor! Sou Jeílson, pastor de uma igreja muito ativa e crescente e atendo em meu escritório todos os dia dezenas de pessoas para aconselha-las e ajuda-las guiando-as nos caminhos de Deus e orando por elas e com elas. Mas um dia essa rotina abençoada foi quebrada. Minha mulher chegou pra mim e disse: ‘Miriam, sua filha mais velha cortou o cabelo’. Eu não podia permitir aquilo!
Fui até seu quarto e vi que ela tinha aparado as pontas do cabelo que nunca cortado agora aos 18 anos lhe alcançava a cintura. Irado e descontrolado perguntei a ela: ‘O que você quer comigo? Está querendo envergonhar-me, acabar com o meu ministério?’. Movido por uma ira descomedida, desafivelei o cinto, dobrei em duas voltas e bati em Miriam até que os vergões se desenhassem em suas costas e pernas. Não podia tolerar uma desviada dentro da minha casa. Disse a ela que enquanto ela morasse aqui, não iria admitir que cortasse seu cabelo novamente. Depois disso saí para o escritório.
Duas horas depois recebi a notícia mais devastadora de minha vida: Miriam havia
derramado álcool sobre todo o corpo e ateado fogo. Corri mais uma vez,
agora desesperado, e encontrei no mesmo quarto minha filha agonizando com queimaduras profundas. Naquele mesmo dia, à tarde, Miriam morreu no ambulatório de um hospital... NOTA

***

Jack – 30 anos

Paciente 8


Eu trabalho duro. Duro mesmo. Onde? Numa das maiores empresas de automóveis de todo país. Gerencio a produção e sou responsável pela programação dos dados relativos as tabelas de variação de lucro. Se errar uma conta, estamos todos ferrados. Mas no fundo eu gosto do que faço.
Só tem um problema: eu quase não vejo minha família. Muitas viagens à trabalho, reuniões até tarde e toda a correria me fazem chegar muito tarde. Saio de casa com meu filho de 6 anos Nick ainda dormindo e volto com ele dormindo. Um dia ele pôs o relógio pra despertar junto com o meu e veio ao meu encontro ainda sonolento com uma bola de baseball me pedindo pra brincar com ele.
Lógico que eu não podia. Marquei com ele pro sábado, mas acabou não dando também. No entanto sei que estou garantindo para ele o maior presente que posso: um futuro seguro, melhor escola, melhores roupas e brinquedos. Ele parece não entender bem, mas eu vou dar o melhor para ele. É por isso que eu trabalho tanto.
Ultimamente ando tão cansado que não consigo nem dormir. O engraçado e triste é que eu pensava que ia tudo melhorar com o tempo mas nada tem melhorado. Agora estou estressado e doente e longe da minha família...

***

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Continuação


A Fila de Pacientes - Parte 2


Nome Desconhecido – 22 anos

Paciente 3


“Sou sim uma prostituta. Estou passando por terríveis dificuldades: sem lar, doente, incapaz de comprar comida para mim e para a minha filha de dois anos de idade. Tem sido tão difícil que eu tenho tido que alugar minha filha – de 2 anos de idade – para homens interessados em sexo pervertido.
Eu sei que é errado. Você acha que não doi em mim? Choro todo dia, mas ganho mais dinheiro alugando ela por 1 hora que eu ganho em um dia inteiro e preiso de dinheiro. Como posso sustenta-la e me sustentar? Me falaram de uma Igreja que poderia me ajudar, mas, Igreja? Por que eu iria a uma igreja? Eu já me sinto terrível o suficiente. Eles vão fazer que eu me sinta ainda pior." -NOTA

***

Nome Desconhecido – 2 anos

Paciente 4


“Eu não quero falar, sua bruxa!” (Sintomas: hematomas no corpo e sinal de exploração sexual. Precisa ser encaminhada à Psicólogos)

***







Ernest Hemingway

Paciente 5


“Meus devotos pais evangélicos detestavam a vida libertina que eu levava. Depois de algum tempo, meu pai se matou e minha mãe não permitiu mais que eu permanecesse em sua presença. Em um dos meus aniversários, ela me enviou um bolo com a arma que meu pai havia usado para se matar. Em outro, ela me escreveu uma carta explicando que a vida de uma mãe é como um banco. Dizia ela: "Cada filho que lhe nasce entra no mundo com uma conta bancária grande e próspera, aparentemente inexaurível". O filho, ela continuava, faz saques, e não depósitos, durante os primeiro anos de sua vida. Mais tarde, quando o filho cresce, é responsabilidade dele repor o suprimento que sacou. A minha mãe então continuou enunciando todas as maneiras específicas pelas quais eu deveria ter feito "depósitos para manter a conta em dia": flores, frutas ou doces, um pagamento sub-reptício das contas da mãe e, acima de tudo, uma determinação de parar com a “negligência dos seus deveres para com Deus e o seu Salvador, Jesus Cristo". Isso me feriu e não consigo vencer o meu ódio pela minha mãe ou pelo Salvador.”- NOTA

***

terça-feira, 12 de abril de 2011

Bridge Hospital - Parte I



Bridge Hospital


Um dia uma pessoa estranha vai bater a sua porta e pedir socorro e dizer que você é a pessoa certa que pode ajuda-la. Aqui no Brige Hospital isso é tão comum quanto perdermos noites de sono em plantões e trocarmos uma comemoração de amigos no bar por uma cirurgia de fígado, entende?
Não, não entende. Mas eu não estaria te enchendo se não fosse pela fila de pacientes. Você encontra pacientes e vidas incompletas na fila. Vidas que precisam ser curadas. Quero que conheça alguns dos pacientes que esperam atendimento....


A Fila de Pacientes - Parte 1


Dr. Max Webber – 42 anos

Paciente1.


“Eu estava escalado para mais uma cirurgia e já era 21h. Lisa, minha esposa também é médica e num dos longos encontros sossegados de 2 minutos em sua sala eu expliquei a situação. Como se nos importássemos muito. Não andamos bem já faz um tempo. Desde quando comecei encontrar justificativa toscas para qualquer encontro com a minha assistente de 21 anos Joene. Mas no final o formalismo do ritual de ainda nos encararmos como marido e mulher era o nosso conforto. Assim estava bom pra nos dois.
Naquela noite Petter, um jovem médico o qual tomei como filho resolveu ficar ao meu lado. Companheiro dos pensamentos justificáveis e seguidor das mesmas trilhas questionáveis que eu, era como me olhar no espelho alguns anos antes. Temperamento forte e explosivo e, não se pode esquecer, totalmente ‘racional’. Partimos juntos para a cirurgia e riamos de mais alguma piadinha qualquer quando Joene veio ao meu encontro no corredor, me agarrou pelo braço e sai me puxando em direção a minha sala.
Max não era problema. Ele também concordava que Joene era linda de mais para se desperdiçar a chance de seus encontros, mesmo que isso custasse o preço de um casamento. Joene estava pálida e forte enquanto me puxava sem responder a nenhum dos meus questionamentos. Nossa, como ela é bonita! Abriu a porta, me empurrou para dentro, fechou a porta. Trancou a porta, na verdade me empurrou pra cadeira e disse três palavras assassinas:
“Eu estou grávida”.
Lógico, veio o choque, o silêncio que acompanha as cirurgias difíceis e o gosto amargo na boca. Mas não foi tão difícil assim superar aquilo. Eu era casado, ela era jovem. Eu não podia ter um filho dela e nem ela podia ter um filho. Eu e ela decidimos o aborto...”
***








Dr. Lisa Webber – 39 anos

Paciente 2


“Vivemos de fachada. Eu e meu marido Max. Tudo entre nós se esfriou, mas, no final das contas eu... ainda acredito que... talvez o final da história seja diferente...
Tudo bem, eu ainda sinto algo por ele, mas ele se distanciou pra além de onde eu posso busca-lo... Eu sofro, sofro sim, mas como médica eu vi tantos inexplicáveis casos do que pessoas chamam de milagres, que eu espero e acredito nisso, que um dia nós vamos olhar um pro outro e vai renascer dentro dos olhos dele a chama que me diga que acabou esse meu inverno.
Hoje Max me avisou que só irá pra casa de manhã. Ele é ocupado também. Nossa vida é difícil, mas é como levamos. Aliás, faz um tempo que descobri que ele me trai com a sua assistente de 21 anos. Ela é jovem e bonita. Tudo o que eu não sou. Mas eu sei que um dia ele vai se cansar dela e quando se cansar eu vou estar aqui... Esperando ele.. Eu não posso encara-lo,mas, quando ele voltar, eu vou estar aqui, não é? Ele vai voltar um dia e... eu vou estar aqui... a espera...pode demorar, né?Mas mesmo que demore eu vou enxugar as lagrimas e passar por cima. Ele é um homem ocupado e eu sou uma mulher ocupada.
Preciso ser uma mulher ocupada...”

***

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Hope








Esta não é a letra nem tradução do vídeo.

Hope

Quantas vezes ainda vamos nos perguntar
Quantas vezes vamos recusar ouvir
Que a resposta de Deus ainda é a espera

Quantas vezes vamos ainda lutar
Quantas vezes vamos ainda resistir
Até entender que Deus nos espera ceder

Quantas vezes vamos chorar o sorriso de Deus
Que simplesmente sabe que sua graça é o bastante
Quantas vezes vamos mergulhar
No nosso anseio agonizante
Pra descobrir que
Para sempre isso significa amor

Até quando vamos negar o que ele tem de melhor
Com cicatrizes ele conquista
Essa é a profundidade de seu amor
Com o que você não pode lidar
Ele há muito já lutou

Ele esperança ouvir sua fé
Ele esperança você cantar
Ele esperança você ceder
Ele esperança pra te pegar
Ele esperança você voltar
Ele esperança você ceder
Ele esperança concretizar
Ele esperança você sorrir
Ele o esperança confiar

Hope called your heart
Hope called your heart
Hope called you
To him heart

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Uma história interessante

 

 

"Deus criou tudo o que existe?"

"Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:"Deus :criou tudo o que existe?".
Um aluno respondeu valentemente: "Sim, Ele criou..."
"Deus criou tudo?", perguntou novamente o professor.
"Sim senhor", respondeu o jovem.
O professor respondeu: "Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e, partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?".
O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, regozijava-se por ter provado mais uma vez que a fé era um mito.
Outro estudante levantou a mão e disse: "Posso fazer uma pergunta, professor?"
"Clara", foi a resposta do professor.
O jovem ficou de pé e perguntou: "Professor, o frio existe?"
"Que pergunta é essa? É claro que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?"
O rapaz respondeu: "De facto, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo o corpo ou objecto é susceptível de estudo quando possui ou transmite energia: o calor é o que faz com que esse corpo tenha :
ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor.
E a escuridão existe?", continuou o estudante.
O professor respondeu: "Existe".
O estudante respondeu: "Novamente comete um erro, senhor. A escuridão também não existe. A escuridão, na realidade, é a ausência de luz. A luz pode-se estudar, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que é composta, com as suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não! Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz. Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim? Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente".
Por último, o jovem perguntou ao professor:
"Senhor, o mal existe?"
O professor respondeu: "Claro que sim, é claro que existe. Como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal".
E o estudante respondeu:
"O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem. É o mesmo dos casos anteriores: o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus.
Deus não criou o mal.
Não é como a fé ou como o amor. que existem como existem o calor e a luz.
O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente nos seus corações.
É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz".
Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça permanecendo calado...
Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?
E ele respondeu: "ALBERT EINSTEIN"."
Texto retirado da ultima carta das ENS

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Um pouco de Douglas Camilo




Eu ouço músicas que alguns chamam de depressivas
(minha alma precisa entender o que canta)
Eu não sei tocar piano e gostaria de saber.
(se você já ouviu Para Adorar do Koinonia vai entender porque)
Eu não sei tocar flauta e não gostaria de saber.
(sinto que tenho muito pouco de índio em mim)
Eu canto o dia inteiro e tenho um gosto no mínimo eclético
(porque é minha alma que gosta de cantar, lembra?)
Eu toco violão, canto e componho com limitações
(pra Deus sorrir e pra mais ninguém- e ele tem sorrido e apoiado)
Eu também sou fã do silencio
(e acho que ninguém entende muito isso)




Eu tenho muitos colegas
(são falhos, importantes pra mim e são minhas lições cotidianas)
Eu tenho poucos amigos
(também são falhos e eu os amo de um modo que me faz sofrer)
Eu ouço o que eles me falam
(eles não ouvem o que falo com eles)





Eu já li A Menina que Roubava Livros, Ponto de Impacto, Ele escolheu os Cravos e a Bíblia
(e acho que as pessoas deveriam faze-lo também)
Eu tenho hábito de olhar o céu
(e também acho que as pessoas deveriam faze-lo mais)

Eu quero ter muitos filhos, 3 no mínimo
(Já tenho alguns nomes em mente – Alice, Sophie, Luan...)
Eu não uso lentes
(e se olhar nos meus olhos espero que encontre mais que só uma cor bonita)
Eu gosto de filmes e séries psicológicas
(House, CSI Las Vegas, Cisne Negro – esse não a censura real é 18 anos, ta?)
Eu gosto de animações, desenhos e séries infantis
(Madagascar, Os Padrinhos Mágicos, Os Simpsons, I Carly...)
Gosto de mexer com edições de imagens
(apesar que com as minhas...)
Eu sou apaixonado pela Alemanha
(e não sei porque)
Eu sei quem é Rookmaker, Keith Green e aprendi com Palavrantiga que eu curto muito
(como Switchfoot, NeedToBreathe, Kid Abelha, Mumfords & Sons, Jars of Clay, The Museum, Casting Crowns, Third Day, Timbaland, Ana Carolina, Detonautas, Jesus Culture, Jeremy Camp, Hillsong, PC Baruk…)





Eu honro meus pais
(não só para que eu viva muito na terra, mas porque são dignos de serem honrados)
Eu brigo com meu irmão
(pra não perder o hábito de perdoar)
Eu vou te respeitar, com certeza, seja quem você quem for
(é algo que prezo e prefiro que seja recíproco)







Eu sou pobre, fraco e não sou lindo – e isso não é só uma metáfora
(por isso tenho potencial pra Deus – e isso não é só uma metáfora também)
Eu sinto que estou só e que não pertenço a lugar nenhum
(e não gosto de me sentir assim)
Eu não sou muito normal, não
(e acredito que pessoas normais não mudam o mundo, só as loucas)
Eu quero mudar o mundo
(e eu já falei que eu não sou normal)
Eu não descarto a hipótese de que estamos sempre apaixonados
(mas agora estou aprendendo a gostar de mim)
Eu não uso roupas de marca e não tenho um guarda-roupa gigante
(e não estou nem lixando – personalidade eu tenho e não visto)
Eu não sei dançar
(Johanah tem me ensinado)
Eu sou paciente
(mas por favor não abuse disso)







Tudo o que faço é pra Deus
(e mesmo assim não se compara ao que ele fez e faz pra mim)
Não sou cristão bitolado mas eu reconheço Jesus e quero faze-lo conhecido
(porque não quero ver alma nenhuma morrendo sem ele)
E sim, eu sou evangélico – presbiteriano
(e não, não precisa assustar que eu não mordo e nem acuso)
Eu ando pela fé, eu danço com a graça eu tenho marcas de promessas
(e nisto tudo eu sou feliz)
Eu tenho um chamado a cumprir e que não desisti
(e a Alemanha e todo o resto do mundo o verá)







Brooke Fraser, Mônica Iozzi, Elisabete de Paula -a Dilma não
(quem ama mulher aí levanta a mão - \o/)

Joanas, Déboras, Nicoles, Alines, marianas *Valadão, Jills e Anas – Claycianne não
(quem ama mulher aí levanta a mão - \o/\o/)
Quem está solteiro levanta a mão
( \o – Douglas.camilodasilva@hotmail.com)
E eu tenho senso de humor, viu?
(mas o e-mail é esse mesmo. kkk)




O que já disseram que eu sou



Um discípulo
(do que é valoroso, sempre)
O último poeta
(e talvez sofra pela complexidade de um)
Um meninão
(porque a vida precisa disso)
Um doido
(e médico também)
Um nerd
(não enquanto o que eu fizer for presente de Deus)
Uma benção
(espero que sim) 

Uma boa influencia
(espero que sim)
Um coitado
(você é que sabe)
Um encalhado
(não quando é opção, por isso eu chamo de fé)
Filho amado
(com certeza amado)
Um chato
(também, porque o mundo sem chatice é chato)

É isso aí. Um pouco mais do que dizer sobre mim. Mas que não se resuma a isso. Quando eu descobrir mais alguma coisa eu posto.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Sem criatividade hoje...

Até eu pensar em algo bem pra voltar a postar, resolvi por hoje no blog um texto que eu fiz a algum tempo. Um texto de aniversário e que fala de um prólogo tbm.
Por favor.... Sintam-se a vontade para meditarem sobre a vida.... kkkkkkkkkkkkk










1_ É um prefácio... E é um menino!

Profecias antigas acompanham a concepção de algumas pessoas e tornam a vida um palco mítico onde a existência é uma realização. Há vezes em que as profecias são mais científicas: “Seus exames não acusaram nada de errados, você  não tem um tumor no cérebro nem a rara glomerulonefrite crônica de Bright. Seus sintomas se explicam no fato de você está grávida. Parabéns... mamãe!!”. Ás vezes o mistério da geração de uma vida pode vir até como algo colorido e emocionante, tipo... um teste de gravidez de farmácia. “Azul, ai meu Deus... Ai meu Deus, azul... Não pode ser!!! AI MEEEU DEEEEEEEEUS (Desmaio)”. Mas a formação de um novo ser sempre traz a esperança de sonhar com uma criança que poderá transformar o mundo.
Não foi diferente nos oito meses que antecederam o dia  22 de janeiro daquele ano. Sonhos, planos esperanças tudo pra aquela coisinha que brotava, crescia e chutava a barriga da Sra. Mamãe. Era uma série de mistérios tão simples unindo aquela família.  A criança tinha fome, Sra Mamãe estranhas fomes, Sr Papai encarava tudo bem. A criança crescia, Sra Mamãe engordava, Sr Papai engordava também. A criança chutava, Sra Mamãe torcia (se torcia), Sr Papai vibrava e torcia também.
E depois de já compradas algumas roupinhas azuis (“É menino, é menino!!”) bercinho, carrinhos, patinhos de borracha e outros brinquedinhos que a criança não vai nem conseguir pegar ou enfiar inteiro na boca e; isso é muito importante, já tiradas aquelas maravilhosas fotos da Sra Mamãe com a barriga de fora com Sr Papai atrás dela segurando a barriga com as duas mãos como se segurasse uma caixa de papelão pesada ou uma jaca, estava na hora do bebê nascer.
Quer dizer, na hora não estava não, não haviam completado os nove meses ainda, mas o bebê achou que tava na hora de mudar de apartamento (aquele já tava meio velho, apertado e sujo) então, se lançou de cabeça, literalmente, para a aventura terrestre num espetáculo único de emoção, anseio, de força, de lágrimas que nós chamamos poeticamente de parto ou parição.
E foi assim após muito esforço da mãe e dos médicos para acudir o bebê a sair e o Sr Papai acordar do chão da sala de parto e terminar o seu filme com a cena do neném no colo da mãe, que nasceu esse garoto. Ele recusou a chorar até a quarta palmadinha do médico. Ele mamou por mais de meia hora e fez gracinha no colo do pai que proferiu a frase entre lágrimas com um tom quase profético: “Seu nome será Filipe”.
Alguns meses se passaram e o Sr papai e Sra Mamãe começaram a reparar que o bebê não era tão normal pra um bebê. Ta, até que enfiar as duas mãos de uma só vez na boca não era tão estranho, nem colocar um pé na orelha, mas chorar quando via Teletubes, não era normal. Criança ama aqueles trocinhos coloridos com clipes escarrapachados na cabeça. Ele só parava de chorar no “ta na hora de dar tchau!”. Além disso ele nem gostava de ouvir as musicas da Xuxa... Nem mesmo as do Xuxucão! Como que uma criança pode não gostar do Xuxucão? E pior, gostava dos programas de luta livre e de ouvir Paramore. E não bastando isso tudo, não podia ver alguma cena tipo “videocacetada” que ria feito gordinho em casa de balas.
No entanto, entre tantas estranhezas, os pais decidiram que iriam apoiar aquele garotinho. Com o mesmo vigor da mãe quando o pôs pra fora, com a mesma emoção do pai que filmou quase, quase  tudo no parto e com o mesmo amor daqueles que sabiam que não importam tanto as profecias ou a marca do exame de farmácia, mas o amor que uni a família e a alegria que aquele pequeno ser trazia, que a manteria unida numa série de mistérios tão simples: O bebê chora, Sra Mamãe acorda, Sr papai não. O bebê se suja, Sra Mamãe o limpa e Sr Papai corre. O bebê emagrece, Sra Mamãe não, Sr Papai continua engordando...
E foi assim que nascia um prefácio, um baú estranho de sonhos e um dos garotinhos mais malucados que já nasceram na face da Terra. Com os pais com um sonho realizado no colo e muitos outros sonhos sendo gerados para aquele bebê de nome Filipe realiza-los. Inclusive o de ele ser um médico conhecido no mundo inteiro que descubriria a cura para AIDS ou que ao menos faria um avanço eficaz nas pesquisas sobre a glomerulonefrite crônica de Bright...
Vai!! Por quê não? Como eu, quer dizer, um sábio costuma dizer: Pessoas normais não transformam a terra. Pessoas loucas transformam a terra...

 

Glossário


Glomerulonefrite crônica de Bright Conjunto de lesões renais de localização glomerular, e que evolui, de modo lento e irregular, para uma insuficiência renal de caráter letal.

Parição - Ato de parir ou reprodução de gado

TeletubesPrograma televisivo de trocinhos coloridos com clipes escarrapachados na cabeça.

Escarrapachados – Segundo o Aurélio “com as pernas muito abertas”

XuxucãoUm cara vestido de cachorro laranjado do programa da Xuxa que faz sucesso entre as crianças e alguns adultos que ficam dançando com ele no especial de Natal da Globo, acredite você ou não.

ParamoreBanda muito doida que canta “You are the only exception…” Fala-se Paramóre (de jeito caipira arrastando o R)
    
 Malucado - Diz-se de alienado mental; doido, louco, que age como se fosse doido; tonto, zonzo ou doidivanas, estouvado, extravagante, excêntrico, esquisito.

Glossário - léxico que figura como apêndice a um alvitre, principalmente para elucidação de palavras e expressões endêmicas ou escassamente empregadas.



Obs: os textos com excessão de Bandeiras de Brooke e Menina dos fósforos são de minha altoria, sim. Não discutam!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O prólogo que faltou e epílogo que se espera





O Prólogo


Esta é uma história sobre a graça.
A graça que Philip Yancey define como a última palavra perfeita
A graça que W. H. Auden diz dançar
A graça que Joel Houston disse ser como uma avalanche.
A graça que eu chamo de Johanah.


O Epílogo


Esta é uma história sobre a graça.
A graça que Philip Yancey define como a última palavra perfeita
A graça que W. H. Auden diz dançar
A graça que Joel Houston disse ser como uma avalanche.
A graça que eu chamo de Johanah.

Por que dessas história? Porque acredito que só a graça pode abrir os olhos dos cegos, dar entendimento aos nécios e tocar o coração – seja como uma palavra, dança ou avalache.
Quero que a Johanah te faça pensar. Quero que Johanan te ensine a olhar pro céu, quero que ela atraia seu olhar mais que Hannah, Betty, Anie, Ster, Nicole, Liesel... Por que? Pelo único motivo de que Johanah é o melhor dom que se pode receber e é o melhor presente que te foi dado.

Uma vez me disseram que duas vezes por semana eu estou com depressão. Talvez seja realmente assim, mas toda vez que me deparo com meu coração quebrado, com minha face abaixada e olhos embaçados de lágrimas, é fácil de se pensar que não tenho amigos reais, que não pertenço a lugar nenhum, a coração nenhum, que tudo acabou, que a esperança está enterrada. Mas a graça? A graça permanece e é ela que me ergue.
Tenho aprendido os passo de Johanah. Com quedas dolorosas, com esperas difíceis, com oraçoes persistentes. Permito que ela toque minhas feridas doloridas, permito que ela olhe nos meus olhos e enxergue minhas vergonhas e humilhaçoes e conto-lhe as minhas fraquezas. Eu uso minhas forças pra lutar pra simplesmente dançar com a graça. E se quer saber? Tem valido a pena.
Em cada falha que não oculta que tenho que assumir eu sinto que o vento sopra me trazendo vida e restauração.
Em cada momento de dor que eu passo e sou incompriendido eu vejo o chão tremer pra me lembrar que ainda estou vivo e minha história não acabou.
Em cada escolha difícil que faço que me traz humilhação eu sinto que como a chuva se aproxima a honra também virá.

Eu não posso convencer ninguém de nada. Eu não posso conhecer o coração de ninguém e dizer verdades. A única coisa que posso fazer pra dizer que me importo com você é lhe contar sobre Johanah.
Está consumado.
Agora a escolha de a quem dar a mão é sua...

Douglas C.




Meu Último Comentário Sobre Johanah


Quando Deus resolveu amar você ele enviou seu filho à terra. Johanah foi a menininha que o tomou pela mão e o conduziu à cruz. Que como criança segurou forte sua mão, olhou bem dentro dos seus olhos e o convenceu da escolha certa. Pra ele ela não é a dança. É a própria canção.
A graça de Deus não é uma exibição que o vovô faz de sua "bondade", pois custou o exorbitante preço do Calvário”
Philip Yancey