quarta-feira, 27 de abril de 2011

Cenarios (Possíveis cenas romanticas de se viver) - Kept in the dawn



Inspirado por Kate Middleton 


Obs importante: Estas cenas estão cheias de gerúndios. Não implique porque você em breve estará entendendo que a vida também é cheia deles...

Será uma noite fria o suficiente para nós mas quente o suficiente para os habitantes. No céu a aurora boreal se estendendo. Na terra uma celebração com músicas e muitos sorrisos em volta de uma fogueira gigante.
Eu estarei brincando como uma criança em volta do fogo, com as cores da bandeira pintadas no peito e no rosto. Ela estará sentada num tronco de árvore tomando alguma coisa, envolta em um sobretudo escuro e com o cabelo meio cacheado caindo sobre a face.
Eu vou parar um instante e olhar pro alto e tentar descobrir escrito no céu colorido como Deus havia me levado até ali. Vai estar tocando I Still Believe e eu vou levantar os braços me sentindo realmente livre. Ela vai se aproximar com passos curtos e abraçando a si mesma e vai se colocar ao meu lado.
Eu vou ver um sorriso em seu rosto lindo e vou retribuir o gesto. Ela vai sussurrar que nunca viu alguém tão anormal como eu e eu vou simplesmente sorri novamente. Depois, ela vai encostar uma mão fria nas minhas bochechas quentes e com os dedos começará a traçar os contornos de meu sorriso já estático.
Tão de perto não sei dizer qual a nossa feição após isso. Só sei que a luz da fogueira um pouco distante naquele instante deixará seu olhos encantadores e minha alma muda. Parecerá que ela está enxergando algo parecido e ficaremos assim em silêncio.
Lentamente ela levará a outra mão às minhas costas. Em segundos ela estará me beijando e o meu mundo encantado comigo sem entender como aquilo era possível . Eu vou abraça-la e desistir de descobrir qualquer resposta...

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Nós estaremos num estúdio de gravação onde ela talentosamente tocará seu instrumento e eu não tão talentosamente baterei palmas. No meio de tanta tranqueira que propositalmente colocaremos no estúdio arranjado para dar o clima que desejávamos à gravação ela estará de um lado da sala e eu do outro. Faltará pouco tempo para iniciar a gravação. Ela pegará seu violão e eu um microfone e nos encontraremos na porta da sala de gravação agora cheia de crianças e amigos para gravar a música. Eu não direi nada e nem ela. Só trocaremos um olhar de alguns breves longos segundos e eu entenderei tudo o que ela quer dizer. Eu vou sorrir, entrar e puxar o coro de palmas e o canto alegre da melodia que sairá da guitarra dela. O será que sairá de seu coração? Não sei, só estaremos cantando Love Song For A Savior...

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Eu estarei chorando sentado num banco da praça em frente ao hotel em que estaremos hospedados. Na rua vazia e meio escura sentado no banco que dá pra frente do prédio. Lá dentro estará ocorrendo uma festa e ali fora eu estarei chorando em silêncio. Pensativo.
Ela apontará na porta do prédio, dobrará os braços e encostará numa lateral da porta me assistindo. Um sorriso se esboçará em seu rosto sutilmente enquanto ouço começar a cantar The Thief sonolentamente lá dentro.
Ela começará a andar e caminhará em direção enquanto o vapor de seu hálito quente faz nuvens pela rua fria. Ela sentará no outro extremo do banco em que estou sentado. Sentará de lado, apoiará o cotovelo no encosto e a cabeça na mão e ficará sorrindo me olhando.
Eu continuarei com cabeça baixa sem olhar pra ela até ela se aproximar perto o suficiente pra que eu possa ouvi-la sussurrando no ar frio: “Não chora, linda amora. Aqui é para os que dormem e eu gostaria de uma companhia nessa noite linda de verão”.
Eu olharei para seu rosto, e ela beijará a lágrima que ainda desce pelo meu rosto, depois beijará minha bochecha corada e depois meus lábios frios. Será o beijo mais aquecido e salgado de toda minha vida. Eu não chorarei mais naquele banco e nós não voltaremos para a festa naquela noite..

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Eu estarei sentada calado ao lado dela no banco da rodoviária movimentada. Eu e o silencio, ela e suas malas. Meu coração estará dentro de uma delas. O ônibus chegará e o silencio continuará em nós enquanto ela bate com as palmas das mãos na perna, levanta e pega uma das malas. Eu me levantarei mas com os olhos fixos no chão ainda por uns instantes. Depois, ainda relutantes os meus olhos vão se erguer e dar de cara com os olhos encharcados dela. Ela soltará a mala e se jogará em minha direção. Nos abraçaremos e só se ouvirá o som do nosso choro. Nem o ruído das outras pessoas ouvirei. Então ela entrará no ônibus com passos rápidos, cabeça baixa e sem olhar pra trás. O ônibus partirá e eu virarei as costas para ir embora desconsolado enquanto ele se afasta. Alguns passo depois ouvirei meu nome gritado desesperado. Virarei e verei o ônibus parando lá na frente e ela correndo puxando as malas saindo do ônibus. Ela gritará “Me espera... Eu não posso partir, eu não posso... Não importa...”
Depois disso só aquela cena do encontro, do abraço, das voltas que darei com ela nos braços, o beijo parando a multidão e pessoas aplaudindo. Naquele momento eu ouvirei em algum lugar a música “We Are One Tonight”...

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