quarta-feira, 30 de abril de 2014

Sabor esse de decepção...




Eu nunca pensei que passaria por isto. Desilusão pra mim era só poesia. Era só fantasia. Era enredo de romances que eu lia. Era história que eu ouvia. No entanto, ó enfado de quem vive, agora pra mim desilusão é parte da jornada, é página da minha história e tem um gosto de dor que não sai da boca por nada.
Cá estou eu. E prosseguir é possível. Já me despedi do que se foi e sigo em paz. Mas o gosto de decepção insiste. O gosto das possibilidades que existiam. As possibilidades que nunca existiram enfim e me engasgaram. Mas vá contar isto ao coração... Ele nunca tinha sentido gosto amargo assim. Agora faz careta e enruga a testa. E quer cuspir. Mas engole. Decepção é tipo jiló pro coração.
É tudo tão novo e inesperado pra mim. Antes eu só pensava em construir o amor pra ser pra sempre. Agora eu sei que nem todo terreno aguenta a força deste coração meu que ama e ama bem. Agora ele sabe que há de ser necessário ser recíproca a vontade de ficar pra terminar a construção.
Mas não se avexe não, coração menino... Há de um dia ainda você encontrar um lugar firme, um lugar que seja rocha, que não estremeça por um tremor qualquer. É lá faremos o nosso lugar. Há de se achar alguém que te receba amor e te devolva também.
Então segue. E quanto ao gosto, esse gosto amargo, bebe sossego agora que o gosto há de passar. Vem logo a ti um doce pra fazer esse gosto sumir.

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